12.15.2016

O GRUPO CALDAS FURTADOS AINDA POSSUI FUTURO POLÍTICO?

O grupo Caldas Furtado ainda possui futuro político em Brejo? Sim, possui. Sobretudo se os eleitores brejenses forem acometidos por uma amnésia coletiva na campanha de 2020. Não se surpreendam com esta condição que lhes digo, pois não se trata de uma ironia - embora desejasse que fosse apenas isso -, mas é uma realidade do cenário político interiorano de onde em raras ocasiões se tem a sorte de mudar este destino. Por quatro anos as pessoas sofrem humilhações, padecem com serviços públicos defasados, tem seus direitos negados; porém, basta iniciar uma campanha política que todos se resignam, perdoam os pecados sociais praticados por seus candidatos e levantam bandeira em louvor a eles. Esquecem tudo que aconteceu. Isto é um truque mágico conseguido a cada quatro anos graças aos engôdos da demagogia típica de um período eleitoral. Ainda sim, me questiono se haveriam cartas nas mangas do grupo Caldas Furtado para realizar esse truque caso pretendam uma sobrevida política daqui a quatro anos!

Este grupo, que somados possuem dezesseis anos de dominação política em Brejo, na verdade, como todos sabem, é formado por dois grupos que até 2012 eram arquirrivais políticos. Os dois, nos anos de inimizade, dividiram o eleitorado brejense e protagonizaram célebres episódios de disputa pelo poder. Infelizmente, as lembranças que se tem deste período não são tão honrosas, pelo contrário, o que se salva na memória são apenas as baixarias, acusações pessoais e apelidos inspirados na fauna brasileira que resiste até hoje. Inclusive, resquícios desta rixa foram parar subliminarmente em um livro lançado à época dos quais apenas bons olhos conseguem ver as alegorias escondidas nas entrelinhas. Por um suposto milagre de Santa Roseana Desatadora de Rixas Políticas, o grupo se perdoou em 2012, uniram-se e venceram a eleição.

Abrindo mão da ironia, todos nós, em maior ou menor grau, sabemos que a política é bem menos romântica do que parece. Temos hoje esclarecimento que essas uniões, tal como ocorreu com eles, não é exatamente resultado de perdão algum ou motivado “bem do povo”, ultrapassado discurso. É, antes de tudo, um acordo, um negócio, que não visa o bem comum, mas sim o interesse próprio do grupo político. A união é e só pode ser vista sob este víeis. O slogan “O BREJO QUE QUEREMOS”, usado por eles, toma um novo sentido dentro deste contexto. Não se trata da projeção de um projeto de melhoria para a cidade, mas um projeto de dominação e controle social que estes ansiavam. Mas o que se seguiu, e o que era de se esperar,  nos anos seguintes de governo foi a total perca de esperança da população ao passo que se construía uma grande desilusão com esses dois grupos, agora um. Brejo nunca esteve em tão péssimas condições como está hoje, ao fim do mandato deste grupo. Sabemos que tragicamente foram atingidos por uma fase de crise econômica no país, mas não souberam driblar. A crise não serviu de impulso para novas alternativas e ousadia para superação, serviu para desculpas. Mas o que foi que deu errado? Afinal tinha tudo para dar certo.

O grupo se uniu por um objetivo comum, absoluto: derrotar Zé Farias, desafeto de ambos. Esse era o anseio partilhado por ambos os lados do “grupão”. Mas existiam/existem, obviamente, interesses relativos, particulares, e estes, eram díspares. Somente entendendo esse desencontro de interesses é que podemos conjecturar o motivo pelo qual esta gestão foi desarmoniosa, infrutífera e decepcionante. A prefeitura foi repartida como quem reparte um bolo e a cada beneficiado foi dado a liberdade de agir conforme aprouvesse. Foi este movimento de engrenagens independentes que, a meu ver, deixou até o próprio gestor em maus lençóis sem saber como lidar com esta situação. Isto é tão verdade que por este motivo iremos entender o porquê a primeira gestão de Omar em 2005 a 2008 foi tão brilhante e eficaz. Omar nesta época tinha mais controle e pode governar muito melhor porque tinha ao seu comando somente pessoas de sua confiança, amigos e familiares, assim era mais fácil o diálogo e administração. Com a fusão dos Caldas em 2012, o grupo cresceu, antigos desafetos se tornam companheiros de trabalho, os interesses já não eram tão alinhados, teve que pagar dívidas morais com quem os apoiou e o resultado direto foi o que vimos nas ruas e nos serviços públicos: decepção. A carreira política de Omar está na berlinda, a imagem desgastada, mas ainda assim um incrível e respeitado  médico. Esta sem dúvidas é sua melhor vocação. Ele sairá da prefeitura com baixa popularidade e enxovalhado de críticas. A péssima repercussão de sua gestão interferiu diretamente na imagem de Olívia Caldas, resultando na maior rejeição que um candidato já teve em Brejo.

Se este grupo terá ainda futuro político é uma pergunta que deve ser feita após responder outra pergunta: eles continuarão juntos? Bom, sondando algumas pessoas, chegou ao meu conhecimento que em 2012 o acordo do grupo consistia na seguinte cláusula informal: 1. Chico Caldas apoiaria Omar desde que Olívia fosse candidata em 2016; 2. Se Olívia ganhasse, ela concorreria à reeleição ou teria o direito de indicar um nome; 3. Se Olívia perdesse, então Omar indicaria o próximo candidato. Caso o acordo tenha sido realmente feito sob esses moldes, o próximo nome à prefeitura será indicação do lado Furtado do grupo. Mas eis outra questão... Olívia Caldas começou sua carreira política agora, fez uma boa campanha, apesar de não ter vencido, mas consolidou um grupo promissor. E não se enganem a conquista de Olívia é total mérito dela e de sua equipe, especificamente a equipe de jovens dos quais despontou nomes como Pablo Emanoel, jovem promissor. Ela iniciou uma trajetória que pode dar bons frutos dependendo do sucesso ou insucesso de Zé Farias a partir de Janeiro de 2017.  Ela abriria mão dessa chance de continuar o trabalho iniciado este ano para aplaudir outro candidato? E os Furtados vão querer Olívia Caldas lhes representando outra vez, ou teriam eles outra aposta?

Se pensarmos no grupo dividido, apenas um nome, por enquanto, teria forças para restabelecer politicamente os Furtados: Samia. A irmã do atual prefeito tem personalidade forte, possui a predileção de um grande eleitorado. Resultado disso são os expressivos resultados que obteve até hoje concorrendo à vereadora. Outro nome, dentro do grupo, que pudesse dar uma futura chance ainda não existe além dela.

Mas enquanto estão juntos, se quiserem um futuro na política desta cidade, unidos ou separados, é bom que cuidem disso o quanto antes. No momento, talvez ainda abalados pelo massacre nas urnas, estão fazendo algumas coisas nada ortodoxas e que pode ser ressuscitado contra eles daqui há quatro anos. A transição está sendo turbulenta, não há uma colaboração gentil, pelo contrário, até situações de desentendimento e bate-boca já teria ocorrido. Estes três últimos meses foram um rastro de desastres grotescos. Profissionais da saúde, por exemplo, recorreram ao Ministério Público apresentando denúncia pelo atraso de dois meses de salário e o décimo terceiro. Interpreta-se que isso se trata de manobra para já prejudicar a nova gestão que vem batendo à porta. O grande desafio deste grupo, repito, unido ou separado, vai ser superar a mancha negra de pior administração da história deixado nestes quatro anos, pois passado, meus caros, ainda condena!


10.05.2016

OS 5 MOMENTOS MAIS ICÔNICOS DA CAMPANHA ELEITORAL DE BREJO NA INTERNET!

5º ACUSAÇÃO DE PLÁGIO

Talvez a palavra mais lida na internet entre os eleitores de Olívia Caldas e Zé Farias tenha sido "plágio". As acusações de que um grupo copiava o outro gerou muito pano para manga. A primeira acusação partiu do grupo de Olívia alegando que a hastag "SouJovemSou11" teria sido copiada por eleitores de Zé Farias que criaram #SouJovemSou15. O grupo de Olívia divulgou um print revelando que hastag havia sido usada em Julho pela primeira vez. 





4º AS 6 MIL MOTOS

Essa estimativa irá ficar para sempre registrada na memória dos brejenses. Após a primeira carreata realizada pelo grupo de Olívia Caldas, que realmente foi grandiosa, divulgaram que o evento reuniu nada mais nada menos que 6.000 motos. Mas os dados do IBGE apontam que Brejo possui uma frota de poucos menos que 2.000 motos, seja ela emplacada em Brejo ou não. A afirmação, que não partiu da Polícia Militar, gerou muitas piadas durante e depois da campanha. 




3º A GUERRA DAS NOVINHAS

Na última carreata do grupo 11, uma comissão de frente formada por belas mulheres brejenses abria alas para os eleitores de Olívia. A turma de jovens se denominaram de NOVINHAS. Até aí tudo bem! A confusão se deu quando no dia seguinte chegou a vez da carreata de Zé Farias trazendo também uma comissão de frente com algumas jovens usando blusas que formavam a frase "SOMOS 15". Foi o que bastava para surgir comparações e acusações, novamente, de plágio. A disputa começou divertida, mas depois saturou por conta de ofensas graves. 



2º A TACA VAI SER GRANDE

Essa frase se tornou um dos bordões mais repetidos nos grupos de WhasApp e postagens de Facebook. Ambos os grupos usavam dela para aludir que a diferença de votos seria grande de um para o outro após a apuração. Depois da vitória o grupo vencedor atualizou a frase para "FOI TACA".


1º O MAIOR BLEFE DA HISTÓRIA

Ignorando todos os indícios que Olívia Caldas não ganharia essa campanha, seu grupo apostou alto em todos os argumentos e artifícios para criar a impressão que possuíam a dianteira na preferência dos votos do brejenses. Esse tipo de estratégia tem um objetivo óbvio: atrair o eleitor indeciso enganando-o com a certeza vitória, afinal ninguém quer dar voto perdido! Nessa perspectiva, o grupo de Olívia divulgou uma imagem e preparou um evento chamado "VIRADA DO 11". Mas depois do resultado que trouxe a expressiva diferença de 3.520 votos de Zé Farias sobre Olívia Caldas, a imagem virou motivo de chacota.


Foi uma campanha com bons e maus momentos, mas o que tornou tudo leve, enquanto foi leve, foi o bom humor dos brejenses!